Teatro e Marionetas de Mandrágora

semeada e os criadores de pássaros

projeto comunitário

As repercussões do trabalho artístico na comunidade permitem considerá-lo uma excelente ferramenta de empoderamento da pessoa com vulnerabilidade. Vários projetos implementados por diferentes organizações artísticas levam a concluir que se verificam melhoramentos comportamentais integrativos nos meios.
O apoio governamental ao desenvolvimento de diversos programas nesta vertente são um relevante elemento facilitador de várias associações e instituições, que se debruçam ativamente sobre esta temática, criando projetos de desenvolvimento social através da arte.

“O conceito Educação pela Arte foi sendo objeto de reflexão de alguns pedagogos, filósofos e até historiadores, enquadrando-se na emergência de 'novos valores e conceitos' em contextos de transformação de caráter social, económico e ideológico. Assim, surgem vários escritos, nacional e internacionalmente, produto de preocupação e reflexão.” (Meira, 2015).
Em linha com deste pensamento, o trabalho apresentado demonstra a importância da prática artística nas comunidades que acolhem indivíduos com diferentes vulnerabilidades, de distintos escalões etários.

Embora Morin tenha uma visão muito clara do nosso processo de pensamento e dos seus “princípios ocultos”, a sua visão das coisas e do mundo é deturpada por crenças e, acima de tudo, com o objetivo de apagar o véu sobre um pensamento generalizado que o indivíduo em situação de debilidade usufrui apenas do contacto artístico como positivismo social, sem que isso seja devidamente analisado. O criador de arte e o seu potencial criativo são fundamentais nessas comunidades segregadas socialmente. (Morin, 2005)
projeto comunitário de intervenção no espaço público

M.6 . 01h00
semeada e os criadores de pássarossemeada e os criadores de pássarossemeada e os criadores de pássarossemeada e os criadores de pássarossemeada e os criadores de pássaros
Nascem de muitas mãos, mãos que mexem, mãos que tocam, mãos que seguram, agarram e prendem, mãos que dizem adeus, … mãos que acariciam. Quando muitas mãos se juntam temos muitos braços, muitos abraços, braços que se abrem como asas que planam para voar.
Os pássaros são símbolos da liberdade, conquistam os céus, anunciam a primavera, mas também são aprisionados, agarrados e impedidos de voar. Os pássaros prisioneiros deixam de cantar assim como os homens.
Entre a terra e o céu, entre o alimento e a liberdade de voo, entre o voo solitário e o bando, existe algo comum aos pássaros e às gentes.
E quando semeamos o campo, logo os pássaros aparecem.

O património que integra a identidade imaterial de muitas das memórias cativas nos nomes das regiões, das crenças e das lendas, lança um desafio interpretativo para uma observação poética sobre a identidade de um território.
A fauna e a flora de um local revelam características fundamentais de muitas que são aquelas as celebrações da região. Os pássaros estão ligados a uma plena simbologia de crenças. Os pássaros que pelas suas características físicas, pela sua sonoridade criaram um imaginário a si associado de grande interesse pela força que em si carrega. Algumas lendas contam que quando uma pessoa morre, um corvo carrega a sua alma até o paraíso.
Esta criação evoca um universo lendário para criar uma figura simbólica que se embrenha no misticismo das lendas que se correlacionam na identidade do território. Um dos pássaros, o corvo, é assim um animal que pela sua forte imagem de plumagem negra, pelo seu grasnar, pela sua inteligência e associado a um certo receio, como se do bem e do mal se pudesse conotar uma criatura, se estrutura uma ordem e um caos nesta necessidade humana. Esta criação pretende criar uma relação entre o bem e o mal, através de uma personagem que utiliza uma relação forte com o mundo envolvente.
Este projeto, desenvolve uma narrativa que vai buscando distintas histórias, narrativas, crenças associadas, medos e reflexos do homem. É uma criação profundamente visual e sonora que envolve o público, não somente como espetador, como o convoca à participação no jogo do micro e do macro que o teatro das marionetas permite.
A simbologia da fénix, um pássaro que renasce das cinzas, a pomba como símbolo de paz, os grifos como animais lendários, símbolos dos rituais de renascimento ou até em Prometeu, a águia está presente como ato de punição suprema.

vídeo

ficha artística

DIREÇÃO ARTÍSTICA Filipa Mesquita
ACOMPANHAMENTO ARTÍSTICO Clara Ribeiro, Rúben Gomes
INTERPRETAÇÃO Filipa Mesquita, Joaquim de Sousa
GRUPOS LOCAIS Associação Cultural Bombar’t, CNE, Agrupamento N.o30 de S. Paio de Merelim, Rusga de Merelim S. Paio, Grupo de Teatro Artes D’Alegria, Grupo Folclórico Sta. Maria de Aveleda, Grupo de Bombos do Grupo Folclórico de Macada-Vimieiro
MARIONETAS Rúben Gomes
MONTAGEM DAS MARIONETAS Joaquim de Sousa
PINTURA DAS MARIONETAS Migvel Tepes
CENOGRAFIA Migvel Tepes
APOIO À CONSTRUÇÃO DA CENOGRAFIA Catarina Pontes
FIGURINISTA Cláudia Ribeiro
ADERECISTA E CONSTRUÇÃO DOS FATOS Catarina Brandão
ASSISTENTES DE ADEREÇOS Inês Margarida, Isa Sá
COSTUREIRA Adelaide Castro
CARACTERIZAÇÃO Catarina Mesquita, Cláudia Ribeiro
MÚSICA CÉNICA André Teixeira, Rita Melo
DESENHO DE LUZ César Cardoso
OPERAÇÃO DE LUZ César cardoso, Sílvio Sousa
FOTOGRAFIA DE CENA Ana Filipa Rodrigues
VÍDEO PROMOCIONAL Nuno Pinto
PRODUÇÃO EXECUTIVA Hélder David Duarte
PRODUÇÃO Teatro e Marionetas de Mandrágora
APOIO República Portuguesa - Cultura, DGARTES – Direção-Geral das Artes, Município de Espinho/Câmara Municipal de Espinho, Município de Gondomar, Câmara Municipal de Braga

download

SEMEADA - CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA.PDF 1.9 Mb
ARQUIVO IMAGEM PROMO 1.9 Mb

histórico

+ INFO
^